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Itamar
Marcondes Farah
Hipóteses
após quatro anos...
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Quase
todas as crianças descobrem capacidades
para atos solidários e cooperativos desde cedo, tornando - se mais compreensivas e
tolerantes nas relações com o outro, aprimorando a empatia.
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As
crianças desenvolvem melhor
auto-percepção, verbalizam seus
limites, da mesma forma que reconhecem capacidades e progressos em si mesmas
e nos colegas, especialmente com deficiência.
Todos
do grupo, saem ganhando e se beneficiam com uma equipe multidisciplinar
e os materiais de
estimulação sensorial e não somente as crianças com deficiências. |
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Comparando
desenhos da mesma criança após um ano, observa-se que a expressão
gráfica está mais aprimorada e criativa, demonstrando melhor
auto-percepção.
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Não
se pode pré - determinar a
limitação física ou intelectual em sua extensão nas crianças ,
especialmente as que necessitam de Apoio Pervasivo em todas as áreas. Elas
muitas vezes nos surpreendem, com suas conquistas e com a compreensão de
fatos e situações. Por
isso o cuidado absoluto, em respeitar sempre
a criança que está diante dos nossos olhos, perguntando
a ela o que quer.
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É
infinitamente mais fácil trabalhar a inclusão com crianças pequenas e
suas famílias, que estão mais receptivas e com padrões de relações
menos cristalizados.
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O
ambiente altamente estimulador, rico , alegre
e continente que as crianças normais proporcionam, colaboram
efetivamente para o desenvolvimento e ajustamento social de crianças com
deficiências. O mediador que tem oportunidade de vivenciar isso, não
consegue mais visualizar um futuro
para escolas segregadas.
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Crianças
que viveram um tempo nesse ambiente e depois passam para outro (só normais
ou só segregados), infelizmente não terão uma oportunidade contínua de
conviver com a diversidade de forma geral, interrompendo o processo.
Ao meu ver, uma interrupção lamentável para todos...
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Famílias
de classe baixa também apresentam preconceitos só que distorcidos em
função da falta de
informação. A diferença é que estão mais disponíveis
para o trabalho , menos coladas a discursos técnicos de técnicos e
a supostos padrões idealizados de
convívio.
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Observa-se
que tanto as famílias como as crianças com deficiências apresentam
dificuldade em serem tratados com direitos e deveres iguais aos outros. Os
prováveis ganhos secundários, por ser deficiente, observados na própria
história de vida dessas famílias e crianças, são peculiares na
situação da inclusão. O profissional precisa estar a tento a esse
fato e colaborar nesse processo de transição.
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É
vital o trabalho de apoio, com treinamentos e desenvolvimento, com as
equipes envolvidas. O papel e olhar do mediador, seja as ADIs ou outro
profissional é fundamental para o desenvolvimento de um processo de
inclusão pleno.
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O
mesmo ocorre com as famílias que necessitam ser recicladas periodicamente,
onde o foco está na importância da parceria de atitudes e posturas, em
casa no cotidiano .As famílias precisam ser sensibilizadas para um olhar
diferente, o olhar de possibilidades.
Acredito
que essas crianças, serão pessoas melhores e se tiverem oportunidade,
profissionais
diferenciados no futuro...
Imaginem
, por exemplo, um arquiteto ou engenheiro, que estudou desde pequeno com
crianças com deficiências?
Eles
conviveram , tiveram a vivência, não apenas leram livros...
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